A violência cada dia...
A violência cada dia se mostra como um desregramento do bem, que parece perder espaço e valor, quando vemos os contra valores se postando frente às ações de tantas pessoas jovens. As escolas têm se transformado em atrativos para os vândalos e muito nos entristece ver adolescentes e jovens, em descaminhos, desprovidos de sonhos e de vontades que os levem a caminhos com percursos certos e com ponto de chegada definido. Ao ver a minha profissão, nos dias atuais, como profissão de risco, sinto pesar, porque vejo a perda de oportunidade de uma clientela nova, cujos sonhos deveriam estar se auto afirmando, em suas vidas. Porém, o que tenho visto é uma contradição de tudo o que à minha época de jovem, parecia, sim, uma enorme caixa de sonhos, muitos, sem a mínima chance de realização. O certo é que se sonhava com coisas boas, realizáveis e com a conotação de sucesso e de avanços positivos. Por que as mudanças são tão mundanas? Outro dia, ouvi no jornal nacional uma notícia de que muitos jovens se evadem das escolas no 2º semestre. Tal informação não pode, nem deve ser apenas uma notícia fria, num horário nobre, pois sabemos, exatamente, o que pode minimizar situações como essa e, ao invés de uma simples notícias que muitas pessoas sequer se sensibilizam, o mais viável e urgente é que a própria televisão que veicula essas notícias pudesse substituir muitos dos programas sem sentido por uma rodada de conversas entre pais/professores/profissionais que estudam os comportamentos humanos, com a finalidade de se descobrir o porquê de tanta desistência, de tanta má vontade, quando as oportunidades, cada, se alargam mais. Há programas federais, nos dias de hoje que oferecem, além do material didático, do fardamento, da merenda, da cuidadora para as crianças, cujas mães não tenham com quem deixá-las, uma bolsa de 100,00 (Cem reais) e, mesmo assim, em muitos municípios cearenses, o programa não acontece, por falta de alunos para preencher a demanda. As muitas bolsas tornaram-se um atrativo para as famílias, mas, em compensação, os pais fazem questão somente pelo dinheiro e a criança, vira-se para enfrentar as inúmeras mazelas que as enveredam e as fazem vítimas de um sistema, onde o “salve-se quem puder” está bem pontuado, na vida dessas pessoinhas indefesas, reféns do que a sociedade e os meios de comunicação classificam como os melhores atrativos. Sinceramente, temo pelo futuro das futuras gerações, quando vejo a banalidade se sobrepondo aos valores, fazendo um lavagem cerebral em nossas crianças e em nossos adolescentes, os quais se rebelam contra os próprios pais e deles, exigem o impossível.
Será que o mundo mudou
demais, ou a nossa geração não conseguem de se adaptar aos vários jeitos de
faz-de-conta de que se educa. Eu, particularmente, chego a ter dó dessa geração
e a entrego a Deus, a fim de que Ele possa iluminá-la e colocá-la, no
verdadeiro caminho da realização, do sucesso e das muitas vontades vitoriosas. "O que deve
caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a
dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem
formar o seu carácter." Abraços dominicais, com os desejos para mais uma
semana abençoada, feliz e produtiva.
Célia Bernardo

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