UM OLHAR SOBRE A CIDADE: (ITAPAJÉ – CE.)
UM
OLHAR SOBRE A CIDADE: (ITAPAJÉ – CE.)
Os meus 34 anos, nas
idas e vindas em Educação, têm me rendido não só muitos olhares, mas também
prazerosas convivências, já numa grata e satisfatória experiência de Gestora da
Educação, em três municípios deste Estado, cujos sol, vento, mar, seca e serras
fazem um complexo generoso, através dessa diversidade e adversidade da mãe
natureza, à qual se unem as pessoas que, respeitosa e afetivamente me acolhem,
a cada chegada e a cada estada. Em cinco meses, tenho a franqueza para externar
os meus sentimentos, ao olhar a acolhedora Itapajé de várias altitudes, sob
vários ângulos, em muitas posturas dos que só me observam, dos que comigo
convivem e trabalham com o objetivo de fazer um processo educacional que vise à
formação cidadã dos pequenos munícipes que, acolhidos nas nossas escolas com o
intuito de receberem ensinamentos diversos e virtudes necessárias, precisam ser
devolvidos à sociedade, como pessoas prontas e preparadas para a (re)
construção de um contexto sócio-histórico-educativo-cultural que os leve à auto
realização dos muitos sonhos, acalentados por eles e costurados com os fios da
esperança que há em cada um. As ruas, aos poucos, vão se tornando meus
caminhos, as pessoas têm se tornado parceiras, num trabalho, cuja visão nos
favorece ver as realidades, analisá-las e retomá-las para um recomeço, ao
virmos que esse refazer é necessário e se torna um slogan de transformar a arte
de ensinar com compromisso para todos, com a certeza de garantir à geração
presente, um futuro promissor e decente. Olho-te, Itapajé, deitado numa cadeia
de serras, numa dinâmica exaustiva de um vaivém que se repete, todos os dias,
dentre as muitas ações que teus filhos constroem, através das múltiplas
habilidades que as mãos costuram em bordados, em sapatos, na tessitura de
textos, nas artes, onde todos se transformam em instrumentos de construção da
boa e de acolhedora terra do Frade de Pedra. Vejo-te, ainda, como berço de
pessoas inteligentes, como o nascedouro de homens e de mulheres ilustres, cujas
histórias não estão só na lembrança, nem no passado das pessoas; muitas
assumiram formas em livros que narram, desde a 1ª cruz fincada, até o momento
oportuno da chegada da ascensão tecnológica que não te deixou aquém das
renovações e das inovações necessárias, quando a globalização tornou-se uma
grande e providencial exigência. Quando debruço meu olhar sobre ti, Itapajé,
percebo uma mistura de vontades iguais e diferentes, o que, naturalmente,
precisa ser respeitado e trabalhado, sobretudo se essas vontades dizem respeito
ao progresso de que precisas, à valorização dos munícipes e à qualidade de vida
como a maior responsabilidade social que dispensa quaisquer outros interesses,
principalmente, quando estes não são coletivos. Como me olha o Frade de Pedra,
em seu extravagante tamanho, sempre parado, inerte, porém, visivelmente
observado e respeitado por todos, pela beleza da sua localização, como um monge
que ora e implora com piedade e com fé, pelos seus conterrâneos que o têm como
um histórico patrimônio, como uma marca turística, como um protetor que a
natureza lhes deu. Certamente, o Frade de Pedra me olha, olha-nos, olha toda
essa cidade, pois o seu tamanho lhe favorece um olhar em todas as direções e,
para o momento atual, o seu olhar sobre essa cidade une-se ao meu e, se juntos
pudéssemos externar o que ora sinto, a afirmação seria a mesma: Unam-se,
itapajeenses, aconcheguem-se uns aos outros, porque, para se conquistar o
progresso como qualidade de vida, esta é a única certeza: Somente JUNTOS,
FAZEMOS MAIS.
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