VULNERABILIZARAM O PROFESSOR:
VULNERABILIZARAM O
PROFESSOR:
Dois programas televisivos, de uma emissora portentosa, enfatizaram,
no mesmo dia, os problemas por que passam os professores, no Brasil, o que tem
maculado a função do profissional mais essencial, numa sociedade, uma vez que
são eles os formadores que viabilizam os conhecimentos necessários, para que
esses profissionais de todas as áreas se postem como detentores de outros
saberes e servidores de ações que possam humaniza-los e humanizar os que com
eles precisam dividir o mesmo espaço de trabalho e de convivência. Ciente de
tanta ascensão, não só no que se refere às tecnologias, mas também, no que se
refere a experimentos diversos, às novas formas de aquisição de conhecimento, à
expansão do ensino superior, com abertura às classes menos favorecidas e a mais
uma série de ofertas, postas e dispostas, numa prontidão célere e oportuna, não
consigo admitir certos “Destemperos” por que tem passado o professor que está
mais para saco de pancadas, do que para um colaborador e um formador, na vida
dos milhões de alunos. No entanto, todo esse aparato de garantias se macula
pela grande falta de respeito e de valorização aos Profissionais da Educação,
particularmente, àqueles que, na condição de docentes, têm se vistos reféns de
atitudes indecentes de adolescentes e de jovens que os afrontam e os “peitam”,
numa falta de limites e de conscientização de seus Deveres de alunos, no
ambiente escolar. Torna-se, portanto, notório o descompasso entre escola/família/sociedade,
porque o acúmulo de Direitos e a ênfase dada a estes, só reforçam o embate,
dentro das instituições de ensino, levando-as à fuga da sua função social, numa
indecisão se devem assumir a função da família ou da escola, o que denota
impotência do não fazer nenhuma coisa, nem outra. O que têm objetivado as
Políticas Públicas de Educação, num cenário como este, em que muitos
professores estão abandonando suas funções, por não suportarem ser substituídos
por “sacos de pancadas” dos alunos e com todo o aval da família que, ao perder
o fio condutor da sua obrigação de Educar, delegou à escola toda a
responsabilidade por seus filhos, sem lhes incutir, pelo menos, a prática do
Respeito a esse profissional tão desvalorizado, no contexto da sociedade
brasileira. Poderá o advento da tecnologia e de outros meios sofisticados tirar
de cena, futuramente, a figura do Professor? Eu insisto em dizer que não; pois
comparo à própria Família, da qual nunca poderá ser extinta a figura de pai e a
de mãe. O que, na verdade, falta é o compromisso dos sujeitos, cada um em seu
lócus de convivência, sem substituições de funções, mas com soma de atitudes,
numa alternância de espaços: família, escola e sociedade. Se o presente já
conota uma preocupação, ponho-me a imaginar o futuro das futuras gerações, as
quais já nascem num desregramento de quase tudo, pois o que já se vive hoje é,
simplesmente, uma “educação” sem limites, onde é visível a função de quem dá as
ordens, dando-nos a clara certeza de que o regime deste país não ficará sob o
comando de partidos, nem de homens com a capacidade de pensar, de planejar e de
agir. O regime do futuro será, simplesmente da “Ditadura de Baixo”.
Professora Célia
Bernardo
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